Muita gente associa este doce às datas de 25 de dezembro e de 6 de janeiro. Todavia, se pensarmos no bolo-rei, como o conhecemos atualmente, podemos afirmar que a sua origem remonta à corte de Luís XIV, em França, e aos seus festejos de Ano Novo e do Dia de Reis. É, inclusive, possível encontrar pinturas em que aparece representado o popular “Gâteau des Rois” (bolo de reis).
Por altura da Revolução Francesa, o bolo-rei foi proibido. Mas os pasteleiros não aceitaram essa norma e decidiram mudar o nome ao bolo, passando a chamá-lo como “Gâteau des Sans-Culottes” (bolo dos sem-calções).
A história e receita do Bolo-Rei tradicional
A receita portuguesa terá sido importada do sul de Loire (França). Crê-se que a primeira loja portuguesa a vender esta iguaria foi a Confeitaria Nacional, em Lisboa, em 1870. O seu autor terá sido o pasteleiro Gregório, o qual se terá inspirado numa receita que Baltazar Castanheiro Júnior trouxe de Paris. A partir desse momento, a receita e a moda deste bolo foram-se espalhando um pouco por todas as confeitarias da cidade.
Já no Porto, o bolo-rei chegou mais tarde, em 1890, por iniciativa da Confeitaria Cascais, tendo por base a receita que Francisco Júlio Cascais trouxe de Paris.
Por altura da implantação da República, a 5 de outubro de 1910, o nome deste doce tornou-se, novamente, um problema. Por essa razão, durante esse período, este mesmo bolo foi na mesma confecionado e vendido, mas sob outras designações, tais como: “ex-bolo-rei”, “bolo de Natal”, “bolo de Ano Novo”, “bolo-presidente” ou “bolo-Arriaga”.
Simbologia
Há quem veja no bolo-rei um símbolo dos presentes oferecidos pelos três Magos ao Menino Jesus, aquando do seu nascimento. Assim a côdea simboliza o ouro; as frutas cristalizadas e secas representam a mirra, enquanto o aroma do bolo simboliza o incenso.
Adaptado de: https://ncultura.pt/a-historia-e-receita-do-bolo-rei-tradicional
Andreia B., Cristian C., João B., Luísa F.